Os homens que me perdoem...

Os homens que me perdoem,
Mas eu sou demasiado robótico

De manhã,
Acordei com pinças no lugar das mãos
Baterias na mente e no coração
Ligado no duzentos e vinte, pronto para entrar em ação

De tarde,
Ferrugem nas engrenagens, cansaço, decepção
Sonhos que não passam de miragens, exaustão

De noite,
As pilhas já não funcionam
Mas eles não comentam
Mas eles não se importam
Escola, governo, mercado
Deuses que nos fazem ver
Lazer como pecado
E o mérito, santificado

As máquinas que me perdoem,
Mas eu sou demasiado humano

-LCM