JK

Eu tenho emprego tô trabalhando, com sorriso no rosto e sapato desgastado
Não consigo nem comprar um prato de feijão
Eu vejo asfalto
Eu vejo rodovia
Eu vejo carros e até caminhão, com nome estranho
Eu ouço modernização
vejos pessoas passeando, mas nem faz parte do povão
Eu vejo à fome da população e a pobreza que atinge minha família
Eu trabalho sorrindo, mas a barriga grita
Servindo no restaurante um monte de comida
carregando pratos "dos importantes"
jogando o resto e lavando os pratos
termina o expediente
e minha fome é estridente

-Légus